FREI LUÍS DE SOUSA
sábado
21H30
AUDITÓRIO
M>12
135 Min.
6,00 EUROS
27 // FESTIVAL DE TEATRO
FREI LUÍS DE SOUSA
de Almeida Garrett
Como pode um encenador alemão fugir ao Fausto de Goethe, ou um francês ao Tartufo do Molière? Um encenador inglês consegue afirmar uma escrita cénica sem passar pelo Hamlet? Como pode um ‘homem de teatro’ português desenvolver a sua poética de cena sem se ver confrontado com um momento-mor do que foi, e ainda é, considerado um dos monumentos teatrais do romantismo e mesmo de todo o teatro escrito em Portugal? O Frei Luís de Sousa é aquela estação de paragem obrigatória, que mais tarde ou mais cedo nos aparece no caminho, como a pedra do Drummond de Andrade. Se a natureza do teatro em português é susceptível de especificidade, de caso particular, é em grande parte neste drama trágico ou nesta tragédia dramática do nosso Almeida Garrett. Relido como drama, ou encenado como tragédia (o terror e a piedade estão lá como mecanismos de leitura, embora sem as canónicas unidades de acção, tempo e lugar, tal como as definiram os estafermos do passado), o Frei Luís de Sousa será então um desafio formal de aceder ao que de informal tem o teatro: o acidente, a paixão, o impulso, a contingência lírica…tudo formatado no excesso romântico. Continuar a exercitar, através desta produção, uma medida para teatro que sempre foi nossa, que sempre nos serviu, não só na correspondência literária, mas sobretudo no imaginário: o pathos trágico, o eterno retorno, o nevoeiro e a bruma, a herança espiritual, a iconografia e a iconoclastia, o eterno fogo da danação, a frugalidade do belo, vocábulos góticos… Como? Desequilibrando a ortodoxia dramatúrgica aqui e além, focar-lhe o lirismo, acentuar o anacronismo, confiar ou desconfiar da sua moral, darmo-nos a ler através deste legado.
Encenação: Miguel Loureiro; Assistência de encenação: Gonçalo Ferreira de Almeida; Interpretação: Álvaro Correia, Ângelo Torres, Carolina Amaral, Gustavo Salvador Rebelo, João Grosso, Maria Duarte, Rita Rocha, Sílvio Vieira, Tónan Quito; Cenografia: André Guedes; Desenho de luz: José Álvaro Correia; Figurinos: José António Tenente; Desenho de som: Sérgio Henriques; Direcção de produção: José Luís Ferreira; Um projecto Antunes Fidalgo Unipessoal; Em co-produção com o Teatro Nacional D. Maria II
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