NÃO DÁ TRABALHO NENHUM
sexta
21H30
AUDITÓRIO
M>16
6,00 EUROS
TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO
NÃO DÁ TRABALHO NENHUM
Num teatro do Porto, um ator (João Miguel Mota) está em cena com O Pato Selvagem, de Henrik Ibsen, interpretanto a personagem Gregers Werle, um desmedido idealista. Subitamente, a meio de uma cena, sente-se mal e tem, aparentemente, um ataque de ansiedade. Precário, a caminho dos quarenta, com uma dívida crescente à Segurança Social, enredado em trabalhos intermitentes, não resiste à pressão nem ao colapso da "mentira vital" com que vai entretecendo a sua vida - e acaba no divã de um psicólogo.
Não dá trabalho nenhum brinca, precisamente, com a ideia de que o teatro não dá trabalho nenhum. Por um lado, satiriza a ideia de que não dá trabalho nenhum construir espetáculos, que o trabalho dos atores é uma coisa quase lúdica; por outro lado, constata que o teatro também já não dá trabalho nenhum, ou seja, que não dá emprego nenhum. Não dá trabalho nenhum, portanto. Este espetáculo-consulta visa desmistificar alguns dos lugares comuns, ora romantizados, ora depreciativos, sobre a vida dos artistas de teatro e apresentar, o mais fraternalmente possível, os atores à comunidade com a qual trabalham.
ENCENAÇÃO GONÇALO AMORIM; APOIO DRAMATÚRGICO E DE MOVIMENTO ANA COIMBRA OLIVEIRA E VERA SANTOS; INTERPRETAÇÃO INÊS PEREIRA E JOÃO MIGUEL MOTA; FOTOGRAFIAS ANA MAIA
Projeto financiado por Governo de Portugal e DGArtes