APNEIA
21H.
6,00 euros
MALVADA ARTÍSTICA
APNEIA
"Planta - projeto de criação artística de (re)ligação à natureza".
Criação de ANA LUENA E JOSÉ MIGUEL SOARES
O espetáculo Apneia integra o projeto de cruzamento disciplinar de religação à natureza PLANTA, ao longo do qual também se apresenta uma Escrita Epistolar e uma Exposição Fotográfica, interligados num processo de inteligência distribuída similar ao das plantas.
A dramaturgia parte da ideia de jardim como laboratório de experimentação de relações, um espaço delimitado, de conexão com a natureza e de escuta do outro. Na cena aprofundamos o caráter corpóreo intrínseco da noção japonesa de “Ma”, privilegiando a percepção e a visão relacional. É este espaço de coexistência e alteridade que se explora, em que o limite não é uma fronteira que separa mas uma linha permeável.
A cena apresenta-se como um ensaio, no duplo sentido de criação e repetição. O processo de extinção começou há muito tempo e decorre a alta velocidade. Podemos desacelerar um pouco, ensaiar a imobilidade, a suspensão voluntária ou involuntária da respiração. Mas os seres humanos só conseguem viver em apneia durante alguns minutos mantendo a lucidez.
Somos exemplos de uma espécie em extinção. Fósseis. Não conseguiremos contar-vos linearmente como é que chegamos a esta situação. A despedida do mundo aconteceu sem nos apercebermos. Não houve sequer um fim de festa e por isso choramos.
A alucinação versus o cotidiano ou a alucinação do cotidiano.
Os corpos desaparecem no escuro engolidos para um lugar desconhecido, invisível. Dessa escuridão vislumbra-se uma mão, um ombro, um peito nú. Uma voz. Um rosto. As raízes de vidas suspensas que se mostram.
O que sabemos nós sobre as plantas?
O que sabemos de nós?
Criação: Ana Luena e José Miguel Soares
Texto, encenação, cenografia e figurinos: Ana Luena
Interpretação: Helena Baronet, Nuno Nolasco e Rafael Ferreira
Desenho de luz: Pedro Correia
Música e interpretação ao vivo: Zé Peps
Assistência de produção: Beatriz Ourique
Coprodução: Município de Évora, Teatro Municipal de Bragança, Teatro Municipal de Vila Real
Residência de coprodução: O Espaço do Tempo
Parceiro institucional: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
Mecenas: Gama Uno
Cofinanciado por: Alentejo 2020, Portugal 2020, Fundo Social Europeu, União Europeia, IEFP, Compete
Parceiro: Instituto Politécnico de Bragança
Produção: Malvada Associação Artística [www.malvada.art]
Planta tem o Apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
AUDITÓRIO > M/14 > 70 MIN.
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