AGENDA DE PROGRAMAÇÃO MAIO A JULHO 2025
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AGENDA DE PROGRAMAÇÃO MAIO A JULHO 2025
“Vivemos tempos em que as imagens da tragédia são divertimento nas redes sociais. A empatia está cansada.”
[Albano Jerónimo]
Num mundo de perfis que procuram afirmar-se em sociedades virtuais (não raras vezes, superficiais e duvidosas), a humanidade distancia-se da realidade e desumaniza-se. Em modo piloto automático, o mundo avança numa bolha silenciosa de indiferença e alheamento, na qual viajantes virtuais são incentivados a não questionar, a não ouvir, a não pensar e a não sentir. Talvez por isso “(…) as imagens da tragédia são divertimento, (…) a empatia está cansada (…)” e a desumanização prospera. Inversamente, a Cultura e a Arte humanizam e apresentam-se como imprescindível forma de levantar questões, de ouvir (e dar) voz, de fomentar empatia, de pensar e de sentir. Da inquietação à ação, o Teatro Municipal de Bragança apresenta a sua programação para o trimestre maio-julho de 2025.
A cortina régia do Teatro Municipal de Bragança sobe, para dar continuidade à rubrica ‘Teatro Aberto’, com espetáculos pelos Grupos de Teatro Escolar do Concelho de Bragança, pelo Conservatório de Música e Dança de Bragança, pelo Coral Brigantino Infantojuvenil e pelas Tunas do Instituto Politécnico de Bragança, na permanente valorização da Comunidade Artística local.
No quadro de Serviço Educativo, destaque para o espetáculo “Ai de Mim, Ai doEu...“, pela Circolando, com múltiplas sessões em Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no âmbito da rubrica ‘O Artista Vai à Escola’. Nos palcos do Teatro Municipal de Bragança, as ofertas de Serviço Educativo procuram criar e formar públicos, numa multiplicidade de propostas: “Fernando & Pessoas”, pela Poetas & Faunos; “A Volta ao Mundo em 40 Minutos”, por Rui Queiroz de Matos; “Teatro AoVido - O Morgado de Fafe Amoroso?!” - assinalando o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco -, pelo Teatro Ensaio. Para comemorar o ‘Dia Mundial da Criança’, o projeto musical “Mais Alto”, o Teatro Musical “Anne Frank - O Musical”, pela Plateia D’Emoções e “LU.NA - Dança e Música para Bebés”, pela Passos e Compassos.
Na Música Erudita, o Teatro Municipal de Bragança recebe, pela primeira vez, a prestigiada Orquestra Gulbenkian, acompanhada pelo aclamado violinista Bin Chao, sob Direção da proeminente Maestrina Izabelè Jankauskaitè. De forma descentralizada, sob Direção Artística de Matilde Loureiro, a 7.ª edição de “Música na Paisagem” convida à fruição de momentos de simbiose entre Música e Natureza, nas inspiradoras paisagens do Concelho de Bragança. Em Sala Estúdio do Teatro Municipal de Bragança, Patrícia Silveira (Voz) e Ángel González (Piano) propõem “A Sedução da Melodia”. Na extraordinária acústica da Igreja de São Francisco - Bragança, Tadeu Filipe (Cravo) e David Rodrigues (Bandolim) apresentam o espetáculo “Em Forma de Pera”.
A continuidade do ciclo de programação Café Duplo permite a visita a Bragança de Daniela Antunes + Iúri Oliveira. Também na área de Música Urbana, destaque para o acolhimento da digressão europeia de tributo “Remember Queen”, bem como para a apresentação de “2000 A.D”, por Samuel Úria.
O cruzamento disciplinar entre Música, Poesia e Dança é central na “Trilogia das Sombras”, pelos Mano a Mano, num espetáculo que celebra a obra de Lourdes Castro. A partir da célebre ópera “Carmen”, de Georges Bizet, o distinto Barcelona Flamenco Ballet chega a Bragança, para uma noite memorável.
Na área de Teatro, para além dos espetáculos de Serviço Educativo previamente apresentados - que contemplam algumas sessões para público geral -, salientam-se as coproduções “Mulher de”, de Ana Mafalda Pereira, “Partes Sensíveis”, de Nuno Pinheiro & David Marques e “Homo Sacer”, pela Bestiário. Em “Casa dos Pais”, pela companhia A Turma, Albano Jerónimo, Carla Maciel e Luís Araújo sobem à cena do Teatro Municipal de Bragança.
Regressando às palavras de abertura, impera sentir e pensar o mundo real, onde “sociais” podem (e devem) ser as atitudes e as práticas, para que delas nasçam e proliferem verdadeiras “redes” de empatia, esperança e humanismo. É nesta senda que o Teatro Municipal de Bragança pode ajudar a questionar(-se), a ver, a ouvir, a pensar e a sentir.
João Cunha
(Diretor do Teatro Municipal de Bragança)