AUDITÓRIO | 21H30
Dizemos “Bovary” em voz alta e sentimos imediatamente o cheiro a perfume e escândalo. Retrato da vida de uma mulher que, buscando fugir ao tédio de uma vida banal, embarca em relações adúlteras e vive muito acima das suas possibilidades, Madame Bovary é hoje considerada a obra seminal do realismo e um dos marcos da literatura mundial. Publicado pela primeira vez em fascículos em La Revue de Paris, em 1856, o romance de Gustave Flaubert foi acolhido por uma parte da sociedade francesa como um atentado à boa moral cristã. Em Janeiro de 1857, começa o julgamento que senta o autor no banco dos réus, acusado de obscenidade pelo Ministério Público.
Tal como em Três dedos abaixo do joelho, a multipremiada colagem teatral de relatórios dos censores do teatro durante a ditadura em Portugal, Tiago Rodrigues visita o território do confronto entre arte e lei, entre artistas e Estado. Em Bovary, o julgamento de Gustave Flaubert por atentado à moral serve como ponto de partida para uma adaptação da sua obra prima Madame Bovary.
TEXTO E ENCENAÇÃO: TIAGO RODRIGUES
COM: CARLA MACIEL, GONÇALO WADDINGTON, ISABEL ABREU, PEDRO GIL E TÓNAN QUITO
DESENHO DE LUZ: RUI HORTA ; MÚSICA: ALEXANDRE TALHINHAS
CONCEITO DE CENOGRAFIA E FIGURINOS: MAGDA BIZARRO E TIAGO RODRIGUES
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIO: ÂNGELA ROCHA
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E FOTOGRAFIA DE CENA: MAGDA BIZARRO
PRODUÇÃO EXECUTIVA: RITA MENDES
APOIO TÉCNICO: JOÃO CACHULO E AMARÍLIS FELIZES
UMA PRODUÇÃO: TEATRO NACIONAL D. MARIA II A PARTIR DE UMA CRIAÇÃO ORIGINAL
PELA COMPANHIA MUNDO PERFEITO
COPRODUÇÃO: ALKANTARA FESTIVAL, TEATRO SÃO LUIZ E TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO
APOIOS: SMA-RELVA SINTÉTICA, COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO E RELÓGIO D’ÁGUA
M.1227festival de teatro // BILHETE GERAL: 30 EUROS