O espetáculo do dia 13 de Dezembro (VENENO) foi CANCELADO por motivos de força maior.
Para os bilhetes já adquiridos é possível efetuar a troca de bilhetes por um espetáculo à sua escolha até ao final do ano 2019.
Veneno foi escrito a partir de narrativas factuais verídicas, recolhidas num Universo cosmopolita contemporâneo. 51% da população mundial encontra-se, neste momento, a viver em espaços urbanos – por razões económicas, melhoria das condições de vida, oferta de trabalho, entre outras. Veneno é, também, um texto centrado na ideia da decadência da família no contexto suburbano. Se a família é o paradigma ancestral daquilo que deve ser um governo, ambos manifestam, actualmente, a ideia de crise. Crise esta que, na génese etimológica, significa separar, dividir. A narrativa foca-se nas circunstâncias, e consequências trágicas, de um pai recentemente desempregado e falido que decide sequestrar os três filhos – depois de assassinar a mulher e o seu amante. O pai e os filhos convivem, então, num espaço exíguo e em condições precárias. Todo o discurso do pai é construído em torno da incapacidade de aceitação do real, tornando o seu discurso num delírio verosímil sobre a sociedade, a família, a política, e também sobre o amor; a falência do mundo interior e exterior. O pai exerce poder e violência através da linguagem e os filhos expressam-se por intermédio do canto lírico. Acontecem, assim, dois universos diferentes e incomunicáveis: o do subúrbio e o da aristocracia. Reúne características simultaneamente horríficas, cómicas e abjectas, mostrando o homem na sua expressão mais grotesca – entre o horror e o humor. Veneno aborda fundamentalmente as consequências da falência social e a extinção da entidade família.
Texto: Cláudia Lucas Chéu ; Direção: Albano Jerónimo
Interpretação: Albano Jerónimo e Luís Puto Participação Especial Leonor Devlin
Voz-Off: Francisca van Zeller ; Concepção Plástica: António MV ; Desenho de Luz: Rui Monteiro ; Direcção de Produção: Francisco Leone ; Produção: Executiva Luís Puto
fotografia de Miguel Bartolomeu e José Caldeira
coprodução: Casa das Artes de Famalicão | Teatro Viriato | Centro de Artes de Ovar
Espetáculo Financiado pela DGArtes e República de Portugal
CANCELADO